A dança do Ser
Não faça o que digo
nem ouça o que falo.
Aprenda comigo
que a vida é uma farsa.
Mas, com ninguém, minto
no convívio cara a cara.
Não sou o que você pensa,
nem o que cogitara.
Sou muito mais do isso,
faço tipo na praça.
Escrevo para passar o tempo,
enquanto lembro do que mais admirava.
Ontem fui poeta,
hoje sou menino
e, no futuro, um Ser em devir.
O homem humilde
que não se cansa de rir-se
do que o suponham ser.
Postado por Rômulo às 19:43
Domingo, 7 de Dezembro de 2008
Resposta do poema sem título (à Dança do ser)
“A vida é uma farsa”
Eu não faço o que você diz
E não ouço o que você fala
-A vida não é uma farsa!
Então ouço o que você diz
Então ouço o que você fala
A vida não é uma farsa.
Sem problemas..rs Demorei a responder, porque (sinceramente) fiquei com medo de fazer qualquer interpretação. Isso porque a sua resposta também embolou a minha cabeça..rs Bom..vamos lá... Aqui acredito que ele está dividido em duas partes. Na primeira, a "eu-lírica" (haha inventei essa) responde à idéia do primeiro poema com a sua opinião contrária. Afinal, a negativa "não" enfatiza muito isso. O trecho que mostra isso é "Eu não faço o que voc~e diz..." Já a segunda parte mantém a proposta de uma opinião contrária, mesmo que a partícula negativa agora fique apenas na última frase que enfatiza "A vida não é uma farsa". Se no meu primeiro poema havia a idéia de que a vida é uma farsa, o seu mostra claramente o diálogo entre idéias distintas que se completam pelas nuances de cada trecho. E isso mostra como é possível unir opiniões opostas em torno de um mesmo tema sem que ele perca a sua essência. Meus parabéns. Uma resposta à altura e espero que a minha interpretação esteja tb. ;)
ResponderExcluirum abraço
Oi, Rômulo... é claro que a sua interpretação foi boa! Fico feliz que tenha gostado! Mesmo porque não sou nenhuma poetisa... mas resolvi me arriscar uma vez na vida!:D
ResponderExcluirAbraço