quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Opinião:-Revista VEJA: Entrevista


Estou devendo a mim mesma a postagem da entrevista da Dr. antropóloga Eunice Durham para a revista VEJA. Aqui me dei a liberdade de colocar em vermelho alguns questionamentos meus. A entrevista incita discussões relevantes. Acredito que todos os professores, e demais atuantes na área da educação, deveriam refletir a respeito... portanto, aproveitem!

Entrevista: Eunice Durham
Fábrica de maus professores

Uma das maiores especialistas em ensino superior
brasileiro, a antropóloga não tem dúvida: os cursos
de pedagogia perpetuam o péssimo ensino nas escolas



Monica Weinberg

"Os cursos de pedagogia desprezam a prática da sala de aula e supervalorizam teorias supostamente mais nobres. Os alunos saem de lá sem saber ensinar"


Hoje há poucos estudiosos empenhados em produzir pesquisa de bom nível sobre a universidade brasileira. Entre eles, a antropóloga Eunice Durham, 75 anos, vinte dos quais dedicados ao tema, tem o mérito de tratar do assunto com rara objetividade. Seu trabalho representa um avanço, também, porque mostra, com clareza, como as universidades têm relação direta com a má qualidade do ensino oferecido nas escolas do país. Ela diz: "Os cursos de pedagogia são incapazes de formar bons professores". Ex-secretária de política educacional do Ministério da Educação (MEC) no governo Fernando Henrique, Eunice é do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas, da Universidade de São Paulo – onde ingressou como professora há cinqüenta anos.

Sua pesquisa mostra que as faculdades de pedagogia estão na raiz do mau ensino nas escolas brasileiras. Como?
As faculdades de pedagogia formam professores incapazes de fazer o básico, entrar na sala de aula e ensinar a matéria. Mais grave ainda, muitos desses profissionais revelam limitações elementares: não conseguem escrever sem cometer erros de ortografia simples (A antropóloga foi muito feliz e responsável na sua resposta. Veja que ela não generaliza, "MUITOS profissionais", me senti aliviada e justiçada com esse cuidado. Sobre o que ela diz, eu pude presenciar na prática. Recebi um email de uma colega de faculdade em que se lia "descanÇo", dentre outros erros!) nem expor conceitos científicos de média complexidade (Realmente! Para aprender a expor conceitos é preciso prática e total conhecimento do assunto, obviamente. Mas percebo, no meu curso, que poucos alunos participam das aulas: não emitem opinião, não respondem as perguntas do professor... e pior, não lêem os textos sugeridos e até os obrigatórios na maioria das vezes!!!). Chegam aos cursos de pedagogia com deficiências pedestres e saem de lá sem ter se livrado delas. Minha pesquisa aponta as causas. A primeira, sem dúvida, é a mentalidade da universidade, que supervaloriza a teoria e menospreza a prática. Segundo essa corrente acadêmica em vigor, o trabalho concreto em sala de aula é inferior a reflexões supostamente mais nobres. (Injusto é responsabilizar apenas os cursos de pedagogia. Superar erros ortográficos, por exemplo, depende mais dos próprios estudantes do que da instituição. O triste é eles conseguirem ser aprovados cometendo erros torpes.. estranho, não!?).

Essa filosofia é assumida abertamente pelas faculdades de pedagogia?O objetivo declarado dos cursos é ensinar os candidatos a professor a aplicar conhecimentos filosóficos, antropológicos, históricos e econômicos à educação. Pretensão alheia às necessidades reais das escolas – e absurda diante de estudantes universitários tão pouco escolarizados. (Aqui já acho que ela errou. O equívoco não está em a universidade ensinar os candidatos a professor a aplicar conhecimentos filosóficos e etc, visto que isso também é necessidade real e indispensável SIM das escolas, mas em parar por aí. A Universidade, além disso, deveria focar, antes de tudo, as necessidades mais básicas, e não excluir tais conhecimentos. E como assim, estudantes UNIVERSITÁRIOS pouco escolarizados??!! E caso sejam, todos são capazes de estudar e alcançar, uns com mais esforço, outros com menos, dos mais simples aos mais complexos pensamentos. Esse argumento é absurdo! Pressupõem-se que todos que chegam à faculdade de Pedagogia são uns BURROS!)


O que, exatamente, se ensina aos futuros professores?Fiz uma análise detalhada das diretrizes oficiais para os cursos de pedagogia. Ali é possível constatar, com números, o que já se observa na prática. Entre catorze artigos, catorze parágrafos e 38 incisos, apenas dois itens se referem ao trabalho do professor em sala de aula. Esse parece um assunto secundário, menos relevante do que a ideologia atrasada que domina as faculdades de pedagogia. (Nos cursos de Letras da UFF, existe, nos últimos quatro períodos, uma disciplina chamada Pesquisa e Prática de Ensino (PPE), em que o futuro professor terá contato direto com a sala de aula através dos estágios, tanto de observação como de atuação, ou seja, ele terá que observar e realizar projetos que pensem a prática da sala de aula em que se encontra como estagiário, apresentando saídas para as deficiências do ensino e da escola, podendo inclusive aplicar seu projeto na mesma, caso a direção da escola e o professor (da turma observada) estejam de acordo).


Como essa ideologia se manifesta?Por exemplo, na bibliografia adotada nesses cursos, circunscrita a autores da esquerda pedagógica(Carece de exemplo, poderia ter citado pelo menos um autor, assim não vale!). Eles confundem pensamento crítico com falar mal do governo ou do capitalismo(Argumento duvidoso... só sabendo a que base teórica ela se refere para dar crédito ou não a esta resposta!). Não passam de manuais com uma visão simplificada, e por vezes preconceituosa, do mundo(QUAIS???). O mesmo tom aparece nos programas dos cursos, que eu ajudo a analisar no Conselho Nacional de Educação. Perdi as contas de quantas vezes estive diante da palavra dialética, que, não há dúvida, a maioria das pessoas inclui sem saber do que se trata(Em que situações? Numa palestra? Durante uma reunião? Numa simples conversa com algum professor ou estudante? Isso faz diferença!). Em vez de aprenderem a dar aula, os aspirantes a professor são expostos a uma coleção de jargões. Tudo precisa ser democrático, participativo, dialógico e, naturalmente, decidido em assembléia(Ué! E não precisa?).


Quais os efeitos disso na escola?Quando chegam às escolas para ensinar, muitos dos novatos (Mais uma vez ela não generaliza. Parabéns!) apenas repetem esses bordões. Eles não sabem nem como começar a executar suas tarefas mais básicas. A situação se agrava com o fato de os professores, de modo geral, não admitirem o óbvio: o ensino no Brasil é ainda tão ruim, em parte, porque eles próprios não estão preparados para desempenhar a função (Pode ser. Argumento válido, sem dúvidas! Parabéns para o "em parte"! Muito bom!).


Por que os professores são tão pouco autocríticos?Eles são corporativistas ao extremo. (Epa! Argumento perigoso!) Podem até estar cientes do baixo nível do ensino no país, mas costumam atribuir o fiasco a fatores externos, como o fato de o governo não lhes prover a formação necessária e de eles ganharem pouco (Epa, epa... vamos com calma! Essa é mesmo a realidade do professor! O que não é desculpa, claro, para reallizar mal o seu trabalho. Mas manter a qualidade do ensino tendo que dar aula em mais de duas escolas, pegando de 15 a 20 tumas, cada uma com no mínimo trinta alunos, é bastante complicado! É fisicamente impossível! nem voz resta ao "querido" professor!Infelizmente professor também é ser humano: tem que comer e pagar contas!) . É um cenário preocupante(Sem dúvida!). Os professores se eximem da culpa pelo mau ensino (Alguns sim, outros não. O fato é, se não há um salário justo, se não há realmente condições de trabalho justas, essas desculpas continuarão a existir! Há uma forma bem simples de resolver isso, adivinnhem qual é!!!! Reconhecer o valor do professor! Assim como reconhecem dos defensores e promotores públicos; dos procuradores, dos juízes, e olha que legal, dos deputados e senadores!)– e, conseqüentemente, da responsabilidade. Nos sindicatos, todo esse corporativismo se exacerba(Que coisa feia falar assim!).


Como os sindicatos prejudicam a sala de aula?Está suficientemente claro que a ação fundamental desses movimentos é garantir direitos corporativos, e não o bom ensino (Cada coisa tem o seu lugar!). Entenda-se por isso: lutar por greves, aumentos de salário e faltas ao trabalho sem nenhuma espécie de punição(Ora, ora... faltas ao trabalho devem ser punidas sim, óbvio! Mas lutar através de greves por aumento de salário é digno, é um direito! E esse é um dos motivos pelo qual existe o sindicato! Como disse antes, cada coisa tem o seu lugar!). O absenteísmo dos professores é, afinal, uma das pragas da escola pública brasileira. O índice de ausências é escandaloso (Quero nomes de instituições! Quero números!). Um professor falta, em média, um mês de trabalho por ano e, o pior, não perde um centavo por isso (Generalização não, madame! Mas em todo caso, realmente, tem que haver punição nesses casos!). Cenário de atraso num país em que é urgente fazer a educação avançar. Combater o corporativismo (Epa, epa... argumento perigoso! Radical!!!) dos professores e aprimorar os cursos de pedagogia (Aprimorar é sempre bom!), portanto, são duas medidas essenciais à melhora dos indicadores de ensino.


A senhora estende suas críticas ao restante da universidade pública?Há dois fenômenos distintos nas instituições públicas. O primeiro é o dos cursos de pós-graduação nas áreas de ciências exatas, que, embora ainda atrás daqueles oferecidos em países desenvolvidos, estão sendo capazes de fazer o que é esperado deles: absorver novos conhecimentos, conseguir aplicá-los e contribuir para sua evolução. Nessas áreas, começa a surgir uma relação mais estreita entre as universidades e o mercado de trabalho. Algo que, segundo já foi suficientemente mensurado, é necessário ao avanço de qualquer país. A outra realidade da universidade pública a que me refiro é a das ciências humanas. Área que hoje, no Brasil, está prejudicada pela ideologia e pelo excesso de críticas vazias(Como por exemplo... ?). Nada disso contribui para elevar o nível da pesquisa acadêmica(Disso o quê? Críticas vazias?? Como por exemplo... ? Ih! Não tem exemplo de novo! Não vale!).


Um estudo da OCDE (Qual? Gostaria de dar uma olhadinha.)(organização que reúne os países mais industrializados) mostra que o custo de um universitário no Brasil está entre os mais altos do mundo – e o país responde por apenas 2% das citações nas melhores revistas científicas. Como a senhora explica essa ineficiência?Sem dúvida, poderíamos fazer o mesmo, ou mais, sem consumir tanto dinheiro do governo(Tadinho do governo! O melhor mesmo é investir nas viagens dos senadores, dos deputados, nos jatinhos do presidente, nas cuecas, no caixa-dois... investir para instruir o povo... pra quê!?). O problema é que as universidades públicas brasileiras são pessimamente administradas(Ih! Generalizou de novo! Tcs... tcs...). Sua versão (qual?) de democracia, profundamente assembleísta, só ajuda a aumentar a burocracia e os gastos públicos(Explica isso direito, não deu pra entender não! Democracia = burocracia = gasto público!?? Eiiiita!). Essa é uma situação que piorou, sobretudo, no período de abertura política, na década de 80, quando, na universidade, democratização se tornou sinônimo de formação de conselhos e multiplicação de instâncias. Na prática, tantas são as alçadas e as exigências burocráticas que, parece inverossímil, um pesquisador com uma boa quantia (Ela só pode estar brincando! Um bolsista do CNPq da graduação ganha 350, 00! Será que ela sabe quanto custa um livro no Brasil? Será que ela pega ônibus, sabe o preço da passagem?) de dinheiro na mão passa mais tempo envolvido com prestação de contas do que com sua investigação científica (Não sei se MAIS tempo, porém BASTANTE tempo, com certeza!). Para agravar a situação, os maus profissionais não podem ser demitidos (Isso realmente é verdade! Um ponto que merece ser revisto!). Defino a universidade pública como a antítese de uma empresa bem montada.


Muita gente defende a expansão das universidades públicas. E a senhora?Sou contra. Nos países (como por exemplo... ?) onde o ensino superior funciona, apenas um grupo reduzido de instituições concentra a maior parte da pesquisa acadêmica, e as demais miram, basicamente, os cursos de graduação. O Brasil, ao contrário, sempre volta à idéia de expandir esse modelo de universidade. É um erro (Será?). Estou convicta de que já temos faculdades públicas em número suficiente para atender aqueles alunos que podem de fato vir a se tornar Ph.Ds. ou profissionais altamente qualificados. Estes são, naturalmente, uma minoria (Cruel, mas verdadeiro!). Isso não tem nada a ver com o fato de o Brasil ser uma nação em desenvolvimento. É exatamente assim nos outros países (Como por exemplo...?).


As faculdades particulares são uma boa opção para os outros estudantes?Freqüentemente, não. Aqui vale a pena chamar a atenção para um ponto: os cursos técnicos de ensino superior, ainda desconhecidos da maioria dos brasileiros, formam gente mais capacitada para o mercado de trabalho do que uma faculdade particular de ensino ruim. Esses cursos são mais curtos e menos pretensiosos, mas conseguem algo que muita universidade não faz: preparar para o mercado de trabalho. É estranho como, no meio acadêmico, uma formação voltada para as necessidades das empresas ainda soa como pecado. As universidades dizem, sem nenhum constrangimento, preferir "formar cidadãos" (O erro não está aí!). Cabe perguntar: o que o cidadão vai fazer da vida se ele não puder se inserir no mercado de trabalho? (Verdade...)


Nos Estados Unidos, cerca de 60% dos alunos freqüentam essas escolas técnicas. No Brasil, são apenas 9%. Por quê?Sempre houve preconceito no Brasil em relação a qualquer coisa que lembrasse o trabalho manual, caso desses cursos(Verdade.). Vejo, no entanto, uma melhora no conceito que se tem das escolas técnicas, o que se manifesta no aumento da procura(Que bom!). O fato concreto é que elas têm conseguido se adaptar às demandas reais da economia. Daí 95% das pessoas, em média, saírem formadas com emprego garantido. O mercado, afinal, não precisa apenas de pessoas pós-graduadas em letras que sejam peritas em crítica literária ou de estatísticos aptos a desenvolver grandes sistemas(Claro que não!). É simples, mas só o Brasil, vítima de certa arrogância(???), parece ainda não ter entendido a lição(Não entendi!).


Faculdades particulares de baixa qualidade são, então, pura perda de tempo?Essas faculdades têm o foco nos estudantes menos escolarizados – daí serem tão ineficientes. O objetivo número 1 é manter o aluno pagante. Que ninguém espere entrar numa faculdade de mau ensino e concorrer a um bom emprego, porque o mercado brasileiro já sabe discernir as coisas. É notório que tais instituições formam os piores estudantes para se prestar às ocupações mais medíocres. Mas cabe observar que, mesmo mal formados, esses jovens levam vantagem sobre os outros que jamais pisaram numa universidade, ainda que tenham aprendido muito pouco em sala de aula. A lógica é típica de países em desenvolvimento, como o Brasil.


Por que num país em desenvolvimento o diploma universitário, mesmo sendo de um curso ruim, tem tanto valor?No Brasil, ao contrário do que ocorre em nações mais ricas, o diploma de ensino superior possui um valor independente da qualidade. Quem tem vale mais no mercado. É a realidade de um país onde a maioria dos jovens está ainda fora da universidade e o diploma ganha peso pela raridade. Numa seleção de emprego, entre dois candidatos parecidos, uma empresa vai dar preferência, naturalmente, ao que conseguiu chegar ao ensino superior. Mas é preciso que se repita: eles servirão a uma classe de empregos bem medíocres – jamais estarão na disputa pelas melhores vagas ofertadas no mercado de trabalho.


A tendência é que o mercado se encarregue de eliminar as faculdades ruins?A experiência mostra que, conforme a população se torna mais escolarizada e o mercado de trabalho mais exigente, as faculdades ruins passam a ser menos procuradas e uma parte delas acaba desaparecendo do mapa. Isso já foi comprovado num levantamento feito com base no antigo Provão. Ao jogar luz nas instituições que haviam acumulado notas vermelhas, o exame contribuiu decisivamente para o seu fracasso. O fato de o MEC intervir num curso que, testado mais de uma vez, não apresente sinais de melhora também é uma medida sensata. O mau ensino, afinal, é um grande desserviço.


A senhora fecharia as faculdades de pedagogia se pudesse?Acho que elas precisam ser inteiramente reformuladas(INTEIRAMENTE! Nossa! Então é melhor fechar mesmo!). Repensadas do zero mesmo. Não é preciso ir tão longe para entender por quê. Basta consultar os rankings internacionais de ensino. Neles, o Brasil chama atenção por uma razão para lá de negativa. Está sempre entre os piores países do mundo em educação(E é claro que isso só se deve às Universidades, nada mais! Faça-me o favor... !).

veja ed.2088/ 26 de novembro de 2008/ pgs.17, 20 e 21.

4 comentários:

  1. Olá, Marcela!

    Finalmente aqui estou! Agradecida ao seu comentário no meu Na Pauta ou fora (blog). Muito pertinente a discussão neste post. Creio que os blogs devem e podem ser ótimos aglutinadores de pessoas, idéias, opiniões a serem discutidas a ponto mesmo de despertar o que na própria Academia hoje em dia está difícil de acontecer, por falta mesmo de, quem sabe, ser um ambiente voltado para isso, como deveria ser, diga-se. Comentando somente a primeira parte do seu post com a entrevista da especialista e os seus comentários adicionados (para começar): quanto aos erros ortográficos encontrados nos textos de alunos que ao mesmo tempo são profissionais do ensino, não creio ser o mais importante. O que não quer dizer que devam ocorrer, mas são erros de menor importância, visto que basta uma leitura mais cuidadosa e o autor do texto corrige. Muitas vezes é a pressa para tirar uma dúvida de ordem gramatical (doutores e com pós-doutorado cometem este tipo de erro). O pior, na minha opinião, ocorre mesmo quanto ao saber elocucional dos profissionais. Pouca leitura de texto que, como vocÊ mesma reconhece no post, não são devidamente lidos nem colocados em discussão pelos próprios alunos (até os mais básicos).

    Estou lendo o blog e adorando! Volto logo logo a comentar.

    abraço fraterno
    Tânia

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  2. Oi, Tânia!

    A respeito do espaço da Academia, pelo menos na graduação, posso dizer, sem medo de errar,que há ambiente para discussão, construção de novas idéias e avanços. As aulas são dadas em círculo, exigindo a participação e manifestação do pensamento de cada um. Mas as pessoas são tão preguiçosas, ou vexadas, não sei, não irei julgar, mas chega até a ser contagioso, o que não deveria! Sinto um comodismo na faculdade, e se fosse dos professores, não seria ideal, obviamente, mas o que acho pior é esse comodismo vir dos próprios alunos, jovens, que ainda têm um futuro para conquistar! Bem, cada um dá o melhor de si! Só não aceito MESMO essa passividade! Faculdade de Letras seria, deveria, é... lugar para muitas vozes, e o que se escuta é silêncio! Não há postura de futuros intelectuais! Perdemos a fé em nós: Professores? A postura revela que sim... ou melhor, a FALTA de postura!!

    Concordo com você que erros ortográficos não podem ser apontados como o problema mais importante... mas quando são consequência do desleixo, e não de uma distração, que ocorre a todos nós, aí sim, é muito sério! Professores têm que ler, têm que escrever, ora essas! Não é isso o que esperamos de nossos alunos: que se expressem, que ergam a sua voz como indivíduos "que constrõem a própria história", parafraseando Paulo Freire. Como esperar dedicação e amor aos afazeres intelectuais se nós mesmos (professores) não damos valor a nada disso?! Fica aqui a minha pergunta...

    Abraço fraterno

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  3. Olá Marcela. Mais uma vez, você soube expor uns dos problemas atuais em nossa realidade, ainda que tal objetivo tenha sido alcançado através de seus comentários. Seja escrevendo um texto ou opinando sobre outros, acredito que esse seja o nosso papel nesta estranha sociedade. De uns tempos pra cá, acompanho de perto o processo de formação dos profissionais de ensino em nossa área. Acredito que muita coisa precisa ser mudada, mas uma prejudica demais a muitos. Grande parte de nossos professores deixam o ego e a vaidade subir à cabeça por uma formação que privilegia um falso estrelismo. Poucos são os que se preocupam em ouvir, de forma humilde, ao aluno e em fazer uma autocrítica de seu papel de professor. A autocrítica e a humildade são grandes aliados para a melhora disso que presenciamos hoje. E sei que você me entende diante da realidade em que vivemos e fomos ensinados.

    um abraço

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  4. I PRA PIORÁ MUDARAM U PURTUGUEiS...
    Se era pessima pq nem os professores desse mundao Brasileiro entendem muito (infelizmente, mas graças a Ele se esforçam) com essa mudança inutil da lingua................

    Besitos

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